segunda-feira, 23 de abril de 2012
Por que falar mal do meu país?
Esses
dias, eu estava pensando em patriotismo. Por que gostamos de falar tão mal do
nosso país? Talvez alguns respondessem que é devido a corrupção que se alastra
na política. Tudo bem, concordo com vocês. Mas, gostaria de lhes mostrar o
outro lado da moeda. Nos EUA também existe corrupção, só que a diferença é que
o povo de lá é patriota. Se algum político comete atos ilícitos lá (podemos
falar ‘rouba’ mesmo), não saem generalizando, diz apenas que é um caso raro, esporádico,
exigem, cobram e acompanham os resultados dessa história. Eles amam suas leis,
idolatram sua constituição. Aqui, a maioria nem sabe o que é constituição. Aqui
gostamos muito de sensacionalismo, a imprensa é sensacionalista, o povo não
gosta de política, mas sabe muito bem falar mal. Se algo ruim acontece, não
defendemos o sistema e também não exigimos melhoras. Não comemoramos quando um “político
ladrão” é punido devidamente, não comemoramos quando nossas leis funcionam.
Falamos de política apenas quando algo ruim mancha nossa política, e nem sequer
acompanhamos o desfecho da história. Quero deixar bem claro que não sou a favor
da corrupção, muito pelo contrário, sou a favor de que nossas leis melhorem e sejam
capazes de proteger nosso país desses atos. Não sou contra a liberdade de imprensa,
acredito apenas que além de mostrar o lado podre da política deveria mostrar
também o lado bom com a mesma intensidade. Será que não estamos progredindo
economicamente, socialmente, politicamente? Não estamos progredindo no combate
a corrupção? Se te pergunto o que acha da saúde, você talvez me responda que é “um
lixo”; mas, será que não melhorou nem um pouquinho sequer desde ontem? Nada?
Não tem nada de bom? Estamos construindo uma cultura de desordem e impunidade. Lugar
onde há o medo do crime reina o sentimento de impunidade e conseqüentemente o
surgimento de mais crimes. Fato é que adoro o meu país, e acho que poderíamos
tratá-lo melhor. Elogiá-lo às vezes. É uma criança de pouco mais de 500 anos e
merece nosso incentivo. Tenho a sensação que sou o único patriota desse país.
Teoria dos Jogos
Um
dos mais antigos achados sobre o tema da TJ foi na Grécia antiga, onde se
observa que Sócrates discorria sobre o seguinte dilema: Para que lutar? Se seu
povo está fadado ao fracasso, você vai simplesmente morrer sem ter condição de
ajudá-lo, e, se seu povo está fadado a vitória você não vai fazer a diferença,
pois são muitos. Assim, qualquer um que for convocado para a guerra se deparará
com apenas uma alternativa racional: não ir para a guerra. Segundo Raul
Marinho, em seu áudio-livro, no cotidiano verifica-se que é pelo mesmo motivo
que os motoristas de determinados carros não usam o catalisador. Veja: se o
meio ambiente desta cidade está poluído, o meu carro não vai fazer a diferença,
e, se o meio ambiente desta cidade está limpo, o meu carro também não vai fazer
a diferença. Portanto, as opções se diluem em apenas uma: não usar o
catalisador, até porque quando não se usa o catalisador, economiza-se
combustível. Entretanto, teremos nos dois casos: nas guerras de Sócrates e no
uso do catalisador uma perda irremediável, caso todos decidam racionalmente.
Ninguém irá para a guerra causando uma perda obvia, e, ninguém usará o
catalisador, contribuindo para um inevitável fim (perda). Portanto, a TJ estuda
meios para vencer tais dilemas. No caso do catalisador o meio de escape é uma
legislação que estabeleça punição para quem não use o catalisador. Já no caso
de Sócrates, a solução foi oferecida pelo conquistador espanhol Hernán Cortez.
Ao desembarcar no México, para lutar contra o império asteca, imaginou que seus
homens não iriam lutar (estavam com medo), então, ao desembarcar, queimou todos
os navios. O curioso é que os Astecas vendo isso perceberam a confiança do
inimigo e se renderam sem derramar uma gota de sangue. Aplica-se em qualquer
empresa atual, que se vendo ameaçada pelo concorrente demonstra extrema
confiança. Exemplo, O JOGO: Duas empresas de advocacia na briga pelo contrato
de uma multifuncional. A REGRA: Cada uma possui duas opções: 1- enfrentar (ou
ganha ou as duas perdem, pois o preço do serviço será baixo, consequentemente);
2- desistir (perde ou empata, caso as duas desistem juntas). A SAÍDA - VENCER.
Uma delas já compra um terreno do lado do cliente, já começa a construir o
edifício e já oferece consultorias jurídicas aos funcionários dessa
multinacional. A outra já limita suas opções pois se continuar nessa briga, os
preços abaixam (todos perdem), pois agora tem certeza que a outra não vai
desistir.
Comunicação interna: rumo ao equilíbrio.
Estudos
provam que lugar onde há o medo do crime reina o sentimento de impunidade e conseqüentemente
o surgimento de mais crimes. O problema é que o medo do crime é subjetivo demais.
Deve-se trabalhar as notícias e informações que causem alarme ou que provoquem à
disseminação de uma cultura desfavorável a ordem. Quanto às políticas internas
de uma organização, concluímos que o setor responsável deve trabalhar para a
não construção de uma cultura de desordem e impunidade. Se todos acharem que a
empresa não pune, que desvios de condutas não são analisados/reconhecidos
tenderá, conseqüentemente, ao aumento desses desvios. Por outro lado se a
empresa mostrar que pune demais, todos ficarão desmotivados, inseguros. O ideal
é que o setor responsável pela comunicação organizacional interna regule essas
informações de forma a encontrar um ponto de equilíbrio.
Como recompensar pessoas?
Lembro-me
de uma história, não sei de onde, que gostaria de compartilhar com todos. Um
certo cientista resolveu fazer uma pesquisa de recondicionamento behaviorista.
Ensinar dois macacos a fazer determinada coisa para se alimentar. Os dois,
obviamente, aprenderam fazer, pois eram alimentados por bananas como uma forma
de recompensa. Cada macaco permanecia em jaulas separadas (viam-se). Em
determinado momento um dos macacos passou a ser recompensados de forma
diferente, não recebia bananas, recebia outra fruta (acredito que era uva - uma
fruta que são loucamente apaixonados - gostam mais de uva do que bananas). O
outro macaco, vendo seu companheiro ganhar uma recompensa melhor que a dele,
agia de maneira totalmente diferente agora. Começou a ficar agitado, agressivo,
e já não mais fazia o que outrora aprendera. Mas ele não estava ganhando a
recompensa (bananas)? Porque agora estava agindo diferente? Acredito que
acontece o mesmo quando se recompensa pessoas de maneira diferente. Usar o
código de conduta, ou regimento interno, da organização para punir pessoas
específicas, como forma de perseguição, não usar de maneira equânime e/ou
recompensar aqueles que não merecem o suficiente, prejudica todo o ambiente
organizacional. Fico com os dizeres da professora Fernanda quando disse em sala
de aula que o combinado não sai caro, ou melhor, vamos jogar limpo com todos,
assim, não precisaremos recorrer ao julgamento pessoal e individualizado. A
regra deve ser única, clara e para todos.
O que fazer com a pessoa que sempre atrasa no serviço?
Está
aí um problema: o que fazer com aquela pessoa que, embora competente,
insistentemente chega atrasado no serviço? Ao pensar sobre isso, recordo-me da
aula de psicologia, ainda no ano passado; aprendemos sobre o reforço do
comportamento. Segundo a professora da disciplina, para condicionar o
comportamento devemos atribuir reforços, não punição. Elogiar quando está
‘ficando bom’ (mesmo que ainda não está 100%) e não punir (na verdade a punição
desmotiva). Um exemplo prático: um funcionário que sempre chega atrasado ao
serviço não deveria ser punido, deveria sim ser elogiado. Como? Quando ele
chegar próximo do horário, assim, o comportamento do funcionário seria
“moldado” pelos elogios até ficar 100%. Isso acontece muito em sala de aula. O
professor que se irrita com um aluno “conversador”. O correto, segundo o
behaviorismo, é elogiar o aluno quando este não conversar. Como posso conversar
na sala de aula com o professor me dispensando a atenção e até mesmo citando
meu nome em exemplos? Só o fato do professor falar seu nome, já causa uma certa
indisposição para a conversa paralela. A criança que é retirada da sala como
forma de punição à conversa desenfreada, segundo a teoria em questão, seria
condicionada (aprenderia inconscientemente) totalmente o contrário, o que seria
reforçado nesse caso, é o comportamento de conversar, e não o comportamento de
ficar calada.
sexta-feira, 20 de abril de 2012
Matutar é legal
Esse blog foi criado para ser um espaço aberto para todos matutarem sobre o que quiserem. No decorrer da vida ganhamos experiencias, descobrimos algumas coisas, desconfiamos de algo, entendemos ou nos questionamos. Saber matutar é uma qualidade de todos, isso eu garanto.
Convido você a MATUTAR... Vamos?
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